É um corte no canal anal que causa dor e sangramento pelo ânus. Muito comum na população geral e frequentemente confundida com hemorroidas.

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O paciente típico queixa-se de dor aguda na passagem das fezes, que pode durar de minutos a horas. O sangramento é vivo, relacionado às evacuações. Alguns pacientes tem pouca ou nenhuma dor entre as defecações. Não é incomum o paciente não querer evacuar devido à dor.

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O que causam as fissuras?

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A principal causa é o trauma local, fezes ressecadas ou mesmo muitas evacuações por dia como a diarreia. Pacientes com a musculatura (esfíncter anal) mais tensa, estão mais propícios a desenvolver fissura anal. O aumento da tensão do músculo parece prejudicar o fluxo sanguíneo e a cicatrização da ferida.

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O tratamento visa deixar as fezes macias e relaxar a musculatura anal. A maioria das fissuras não requer tratamento cirúrgico. O uso de fibras, água e alguns agentes tópicos (para relaxar a musculatura), além da analgesia e banhos de assento, são suficientes para o sucesso da cicatrização. A fissura pode recorrer caso as medidas clínicas sejam abandonadas.

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Pacientes com queixas de dor anal persistente devem ser reexaminados para descartar outras condições (Doença de Crohn, infecções ou tumores anais). Uma colonoscopia pode ser necessária.

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Fissuras crônicas são mais difíceis de tratar e muitas vezes requerem tratamento cirúrgico.

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O tratamento cirúrgico inclui injeção de toxina botulínica (Botox®) no esfíncter anal (sucesso em 50-80%), ou secção cirúrgica de uma porção do esfíncter interno do ânus (esfinterotomia – sucesso maior 90%). O objetivo é promover o relaxamento da musculatura e permitir a cicatrização da fissura. Ambos os procedimentos carregam um potencial de perda da capacidade do controle da passagem de gases e fezes. O paciente deverá discutir com seu médico os riscos e o melhor tratamento para cada caso.

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È importante salientar que a cicatrização completa pode levar de 6 a 10 semanas. O paciente poderá voltar as suas atividade diárias poucos dias após o procedimento.