top of page
Câncer colorretal

É o quarto mais comum câncer (sem contar os de pele), e afeta todos os grupos étnicos. Por volta de 140.000 pessoas vão ser diagnosticadas com câncer colorretal por ano, e 50.000 irão morrer. Um aumento de risco de desenvolver esse tipo de câncer está presente se há uma história familiar de câncer colorretal ou história pessoal de câncer de mama, útero ou ovário. História familiar pessoal ou familiar de pólipos colônicos também aumentam o risco. Doenças inflamatórias intestinais, Doença de Crohn ou Retocolite ulcerativa, aumentam a chance de câncer colorretal após a presença das patologias por anos.

O câncer colorretal raramente causa sintomas nos estágios iniciais. Normalmente se iniciam como pólipos benignos. Os pólipos podem ser pré cancerosos ou não pré cancerosos. Podem ser detectados por testes de triagem e uma vez vistos, removidos, prevenindo assim o câncer. Quando a doença está em um estágio inicial, pode ser curada em mais de 90% dos casos. Uma vez que o câncer colorretal cause sangramento, alteração da função intestinal, dor abdominal, provavelmente está em um estágio mais avançado, e a chance de cura também é menor.

Alguns testes de triagem , como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, podem ser realizados, e uma vez positivo, uma colonoscopia se torna necessária.

A colonoscopia é o exame “padrão ouro” para a triagem do câncer colorretal. Utiliza um instrumento longo e flexível que avalia a parte interna do cólon e reto. As áreas anormais podem ser removidas ou biopsiadas e encaminhadas para avaliação laboratorial. É segura e efetiva em mãos experientes e o método mais recomendado para triagem, já que todo o cólon pode ser visualizado e pólipos pré cancerosos serem removidos, prevenindo o câncer.

A retossigmoidoscopia flexível permite que o médico avalie o terço distal do cólon , onde por volta das metade de todos os pólipos e cânceres são encontrados. Caso alguma anormalidade seja encontrada, uma colonoscopia é necessária. O teste de sangue oculto nas fezes e a retossigmoidoscopia são testes normalmente combinados para triagem de câncer colorretal. No entanto, a colonoscopia é considerada o método ótimo se não há qualquer contra-indicação médica.

O enema opaco com duplo contraste (ar e bário) é um teste radiológico no qual o cólon é preenchido por contraste e ar, para que se possa evidenciar o relevo interno do cólon. È utilizado quando uma colonoscopia completa não consegue ser realizada.

A colonoscopia virtual combina imagens de tomografia computadorizada de um cólon preenchido por ar em fotografias que parecem uma colonoscopia. Caso alguma anormalidade seja encontrada, uma colonoscopia é necessária. Também utilizada para colonoscopias incompletas.

As recomendações para triagem do intestino:

  • Para pessoas sem fatores de risco, idade acima de 50 anos. Uma colonoscopia repetida a cada 10 anos é o padrão. Sigmoidoscopia flexível a cada 5 anos com início recente de pesquisa de sangue oculto nas fezes é uma alternativa aceitável quando a colonoscopia não é factível.​

  • Para pacientes com parentes próximos (pais ou irmãos) com história de câncer colorretal ou pólipos deveriam iniciar a triagem aos 40 anos, ou 10 anos antes da idade que o parente foi diagnosticado. Esses pacientes devem fazer exame de colonoscopia a cada 5 anos, mesmo que o teste seja normal.

  • Tipos menos comuns de câncer de cólon hereditário (câncer de cólon hereditário não polipoide e polipose adenomatose familiar) podem requerer triagem muito mais frequentes, iniciando em idade muito mais precoce.

  • Pacientes com pólipos pré cancerosos completamente removidos deveriam realizar colonoscopias a cada 3-5 anos, dependendo do tamanho, tipo e número de pólipos encontrados. Caso o pólipo não seja completamente removido por colonoscopia ou cirurgia, outra colonoscopia deveria ser realizada em 36 meses.

  • A maioria dos pacientes com câncer colorretal deveriam ter colonoscopias realizadas a cada ano a partir da remoção inicial. Caso a avaliação de todo o cólon não tenha sido possível antes da realização da cirurgia, uma colonoscopia pós operatória deverá ser realizada em 3 a 6 meses.

  • Pacientes com colite ulcerativa ou doença de crohn por mais de 8 anos, deveriam realizar colonoscopia com múltiplas biópsias a cada 1-2 anos.

A cirurgia é o tratamento mais efetivo para o câncer colorretal. Mesmo quando todo câncer visível é removido, é possível que células cancerosas estejam presentes em outras áreas do corpo. Depósitos de câncer microscópicos não são detectáveis na ocasião da cirurgia, mas podem começar a crescer em um momento futuro. A chance de recorrência depende do estágio e outras características do câncer original. A recorrência também pode ser afetada pela efetividade de outros tratamento como quimio e radioterapia. Caso pacientes com câncer recidivados sejam diagnosticados precocemente, podem ser beneficiados ou curados por futuros tratamentos ou cirurgias.

O objetivo do programa de acompanhamento pós operatório é identificar uma possível recorrência do câncer e prevenir novos cânceres ao remover pólipos que se desenvolvam.

CÂNCER COLORRETAL

bottom of page